Quantas perguntas?

...são necessárias para se chegar a uma resposta?

24.12.06

Mulligan's

No momento em que entrei no bar, senti como se tivesse chegado em casa. A acolhida, como de praxe, seriviu para acabar com toda e qualquer barreira que me retinha. Busquei entre as mesas o meu amigo Bizzy. Ao encontrá-lo, dirigi-me até a mesa e pedi uma pale ale 300ml. Sem colarinho. Começava assim a minha noite.

Sentados estavam o meu irmão, o Rodrigo, o próprio Bizzi e uma tal de Luiza, que eu conhecia apenas de vista e de ouvir falar. Entrei na conversa de sopetão, cheio de "por que"s e de "do que vocês estão fando". Acompanhei uma discussão sobre quem aguentava comer mais e ri desnecessáriamente. Em seguida, aproveitei a deixa para descrever a minha janta, e - podem acreditar - a janta realmente havia sido boa.

Descrevi os pratos sem pressa, degustando a primeira cerveja e relembrando os sabores da noite. Vinho tindo Gran Reserva Tarapacá 1997, salmão defumado, salada de aipo com passas e creme de leite, arroz selvagem com tãmaras e nozes, bacalhau com batatas e cebola, uma torta do Diego Andino para finalizar... Uma janta e tanto.

Era véspera da véspera de Natal, e comi de tudo sem culpa. Tanto que aproveitei mais três cervejinhas antes de voltar para casa, sem contar a batata frita com cheddar que filei do Rodrigo e da Luiza. Mas confesso que fiquei pensando em repetir a tal torta, do Diego Andino.

Fiquei introspectivo depois da primeira cerveja, e tudo piorou quando começou a chover. O vento, os relâmpagos e o cheiro característico foram prenúncios indistingüiveis, que levaram os garçons a puxar o toldo sobre o pátio do bar, ainda que em cima da hora. Já havia começado a chover, mas de leve, e mal haviam posto a proteção no lugar, a tempestade se manifestou sem delicadezas.

Apesar de estarmos "abrigados" contra a água que vinha diretamente sobre nossas cabeças, escorria e respingava chuva de todos os lados, tornando a confraternização quase impossível. De pé, esperávamos diminuir a chuva para voltar a sentar, e foi aí que a situação começou. Ficamos cerca de 40 minutos de pé, observando enquanto os garçons tentavam derrubar a água que se acumulava sobre o toldo para evitar um desastre.

Mas tude sucedeu sem surpresas. Fiquei sozinho, não tentei nada, e agora volto para casa para dormir. Fico por aqui...