Por um punhado de dólares
Não vou falar de Eastwood, de western ou de bang-bang. O título é apenas a lista (extensiva e completa) dos motivos que levaram Nicolas Cage a interpretar Johny Blaze no filme do "Motoqueiro Fantasma".
Dito isso, fico pensando no que mais há para dizer sobre o filme... continuo pensando... não, nada...
Além da máscara da imagem, o filme tem pouco a oferecer. O festival de efeitos especiais não consegue esconder a ausência de feitos, mesmo ordinários, nas realizações de Johny Blaze e do seu alterego demoníaco. As mais radicais acrobacias motociclísticas parecem artificiais, bem como os embates entre criaturas fantásticas.
O maior problema, entretanto, está na falta de humanidade. A pobreza de diálogos e idéias que cercam o longa cria uma barreira capaz de impedir qualquer empatia.
Outras produções baseadas em histórias da Marvel, como as séries X-Men e Homem-Aranha, conquistaram o público ao explorar a profundidade dos super-heróis e vilões. Os dramas pessoais de cada personagem – Peter Parker, Magneto, Jane Grey e Wolverine – ofereceram realismo às histórias, sustentando tramas não necessariamente melhores que a do Motoqueiro (entre ser picado por uma aranha genéticamente modificada e assinar um pacto com o diabo, o segundo parece ridiculamente mais poético e significativo).
Os fãs dos quadrinhos, talvez, consigam passar por cima desses defeitos ao projetar nos atores sua própria visão do Motoqueiro. Para os demais, o filme será divertido somente na medida em que se estiver buscando um entretenimento leve, desapegado. E que o dinheiro do ingresso estiver sobrando.
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