Quantas perguntas?

...são necessárias para se chegar a uma resposta?

9.2.07

Living la vida loca/Dias difíceis

Esta é provavelmente a primeira e última menção que farei ao Ricky Martin. Foi involuntário, mas a frase voltou quando eu estava buscando as palavras para explicar minha última semana. Uma semana interessante, cheia de programas culturais - dois teatros, quatro cabines de imprensa, mais três filmes na telinha e dois livros (Neve e Críton). Além disso, deixei meu coração dar algumas voltas, tentando encontrar sentido para o meu jeito de agir - e, mais importante, para o meu jeito de desejar. Não vou entrar nesse mérito diretamente, mas deixo que vocês leiam as linhas e entrelinhas restantes para tirarem suas próprias conclusões.

Nesse momento, estou assistindo uma versão de "Rocky Balboa" em francês, "property of MGM studios". C'est drôle, ça c'est sûre! Mas deixemos isso de lado. Passei a semana correndo para fazer programas legais, me divertindo horrores, porém sempre envolvido pelos rumores dos meus pensamentos. E esses pensamentos desregrados não me permitiram aproveitar por completo, nem me deixam produzir tanto quanto gostaria. Passei mais tempo tentando encontrar uma resposta para conciliar trabalho/estudo/projeto de vida do que tomando ações ou botando pra fora o mar de idéias que está entalado na minha garganta.

Gostaria de ter escrito uma resenha para cada um desses filmes que vi. Analisado, discutido, explicado. Botado a prova o meu conhecimento e não simplesmente deixado ele mofar nessa minha cachola paralizada pela estupefação estética. Me deixo hipnotizar pelo belo, pela idéia do belo, e assisto a uma distância segura, perdendo a chance de interagir. Sou, em suma, uma dessas pessoas que sente em excesso - e não raro perco a chance de viver por isso.

Esse não é o momento para lamentações. Na verdade, acho que não vou me dar ao trabalho de lamentações tão cedo. Mas realmente tenho de superar esse medo (e essa é uma palavra que me envergonha, mas que não consegui subtituir por nenhuma outra) de viver a vida a sério. Posso lidar com a complexidade da vida, mas me apavoro ante as suas encruzilhadas. Fico tão receoso com a chance de tomar o caminho errado que não tomo caminho nenhum.

1 Comments:

At segunda-feira, fevereiro 12, 2007 4:54:00 PM, Blogger lu castilhos said...

frase filosófica guri.
o importante é saber que no caminho, seja ele certo ou errado, sempre tem um desvio pra cair fora... entonces, não tenha medo. a vida é não é um bicho papão
:)

 

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