Quantas perguntas?

...são necessárias para se chegar a uma resposta?

24.7.06

epifanias

Assisti dois filmes na noite de hoje, em companhia dos ilustres BB e PC. Dois filmes recheados de epifanias: Waking Life e Thumbsucker. É verdade que o título do segundo não diz muta coisa, mas a história é interessante e me deixou deveras intrigado (as angustias e aflições do personagem me lembraram até certo ponto as minhas). O motivo deste post - na verdade são dois - é de não desperdiçar por completo esses ensinamentos. Eles são realmente válidos? Não sei. Vão fazer alguma diferença na minha vida? Duvido. Mas espero que eles se mantenham acesos na minha memória e me motivem a seguir em frente...

Então: a vida poderia ser apenas um sonho e isso não faria a menor diferença. O importante é viver, ainda que o universo seja falso ou ilusório, só assim a gente pode chegar a algum lugar. E, caso não seja possível chegar onde quer que seja, foda-se. Isso mesmo: foda-se. Pelo menos a gente tentou.

Tem aquela frase, que eu seguidamente atribuo ao Neruda, apesar de saber que não é dele: "Caminante, no hay camino. El camino se hace al andar". Perdoem quaisquer erros - meu russo não é lá essas coisas... A moral, no entanto, acho que captei: tem a ver com a necessidade de trilharmos a vida conforme nossas próprias necessidade e anseios, de dar liberdade aos nossos desejos e, principalmente, vida ao nosso potencial. Essa era uma idéia comum aos dois filmes, ainda que abordada sob perspectivas bem diversas. Na produção de Richard Linklater, a vida era composta apenas de fragmentos, dos resquícios de uma realidade limitada aos sonhos. No filme do dedão, tratava-se da superação de limites em uma existência humana, frágil e indefinida. Em ambos os casos, a pergunta era como a vida deve ser levada, e a resposta era... não há resposta!

Que desculpa esfarrapada, né? No entanto, é uma das coisas mais honestas que se pode dizer. E essa confiança na incerteza (?) faz sentido apenas quando atingimos um estado mínimo de auto-confiança, capaz de contrapor o medo e a indiferença que geralmente dirigem nossas vidas. E aí, vai encarar? Eu, pelo menos, acho que vale a pena correr o risco...

1 Comments:

At quarta-feira, setembro 20, 2006 8:59:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Não quero entrar em discuções profundas sobre nada, nem tenho certeza se tu concorda com o que tu escrevestes: "Não há resposta"... Não há resposta ou há infinitas respostas?
De qualquer forma a incerteza perciste...
[]s
PS: Estou lendo em ordem e comentando com uns 2/3 meses de atraso, mas o que vale é a inteção ;P

 

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