Quantas perguntas?

...são necessárias para se chegar a uma resposta?

2.2.07

Um sonho elaborado

Fui ao teatro na quinta-feira. Sozinho. Era uma peça que eu queria ver fazia algum tempo, dessas que ficam em cartaz por apenas três dias na programação do Porto Verão Alegre. Recebi o release para o roteiro cultural havia quase um mês e me perguntava se eles teriam conseguido adaptar o texto de maneira interessante.

Tratava-se de uma peça baseada num livro do Kiefer, "Quem faz Gemer a Terra", e tendo assistido à montagem posso garantir que traduziram de forma bem interessante o protagonista, um decsendente de imigrantes alemães que acaba se juntando aos sem-terra e, numa ocasião infortuita, tira a vida a um policial. O sol forte refletindo na lâmina (Camûs?), a espera por Caronte (Virgílio?), um mundo de referências que me deixou fascinado, como quando se está diante de uma beleza que não podemos terminar de compreender. Honestamente, em mais de um momento me contive para não chorar...


Lembrei que havia outra peça, uma adaptação de textos do Caio Fernando Abreu, sendo apresentada no mesmo horário, em uma sala próxima àquela em que eu me encontrava. Havia lido os três contos que estavam sendo adaptados, lêra-os apesar do desgosto que me provocaram, pois perenciam à lista de obras favoritas de alguém que eu amei (muito). Por fim, imaginei que ela estivesse lá, assim como eu, cada um diante do seu teatro e de seus atores.

Não me esqueci de onde estava, nem do mundo ao meu redor. Apenas me perguntei se valia a pena abandonar a realidade que eu estava vivenciando, em perfeita sintonia com os meus sentidos e expectativas, para arriscar outra em nome de um amor. Será que eu seria mais feliz se me envolvesse com um sentimento maior, ainda que este se sobrepusêsse (ou opusêsse) a todo o restante dos meus prazeres? Acho que não...

Estou pensando em escrevrer sobre a natureza dos meus amores, mas isto foi apenas um prefácio. O assunto é sempre complicado. Como eu amo, como eu gostaria de amar e ser amado... Não são perguntas que me perturbam, mas elas não tem respostas prontas. Quandi eu souber o que escrever, vocês vão ter algo divertido para ler.

1 Comments:

At domingo, fevereiro 04, 2007 8:07:00 PM, Blogger lu castilhos said...

eu adoro trabalhar no CP, mas tem horas que me dá vontade de abandonar o cargo só pra poder ir ao teatro com vosmice :)

depois do dia 11 a gente se vê, qq coisa liga muchacho!!!

:*

 

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