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8.8.06

pesadelo automobilístico

2h45 - meu telefone dásinal de mensagem recebida. Um recado "urgente", insuficiente para me tirar da cama, forte demais para permitir o sono. Agradeço o aviso e vou dormir tentando ignorá-lo, porque dói.

9h25 - Acordo com um sonho dos mais estranhos, tão indignado que não consegui voltar a dormir. Ultimamanente (e ultimamente se extende por pelo menos uns três meses) somente essa indignação tem sido capaz de me tirar da cama. O resto de mim parece entorpecido pelo medo de abrir os olhos e de encarar mais um dia sem... Deixemos assim, ok?
Saí da cama e tomei um banho rápido. Ainda tive tempo de devorar um sucrilhos com o meu irmão e sair para dar uma volta antes de me sentar para escrever. Somente assim, depois de pegar sol e fazer alguma atividade física (e por alguma quero dizer qualquer) é que posso garantir que não vou me arrastar de volta para o leito tão breve termine de escrever. Fácil perceber que a indignação não tem sido a mesma de uns tempos pra cá...
Como ia dizendo, acordei indignado. Sonhei com meu carro e com uma camarilla de mecânicos fdps. Gostaria, em primeiro lugar, de lembrar a todos que meu Ka modelo 2004/2004 está numa situação de pré-venda: ainda não consegui deixar de fazer as coisas que faço com ele, porém já não aguento mais as incomodações. Foram 4 batidas (uma por culpa minha, duas por culpa dos outros motoristas e outra por conta do destino) , três arrombamentos, diversos arranhões (duas vezes em garagens, uma depois de um grenal e duas ou três por minha conta) e uma grana paga ao seguro, ao IPVA, à gasolina e aos famigerados flanelinhas. Em suma, o inferno pr'um cara pão-duro como eu.
O próximo passo para colocar meu carro numa situação de venda real - e pano de fundo para o meu pesadelo automobilístico - é uma limpeza completa que quero fazer antes de mandá-lo para uma avaliação. No sonho eu voltava para buscá-lo em uma garagem. À distância, tudo estava perfeito. Eles o haviam estacionado sob a sombra de uma árvore, e foi apenas quando cheguei perto que vi o estrago que um dos galhos mais baixos havia causado na traseira do pobre automóvel. Não contive o grito de desespero. Três mecânicos chegaram e se riram todos, como se fosse uma brincadeira proposital. Fiquei maluco, olhei para o estrago mais uma vez (e era O estrago) e comecei a esbravejar injúrias contra os três. Eles ficaram sérios e chamaram o "chefe", que parecia não dar a mínima para o meu nervosismo e simplesmente olhava para as marcas sem querer reconhecer qualquer responsabilidade.
Após alguns instantes nessa situação desagradável, ele me disse que eles mesmos fariam a pintura e o reparo, mas que eu teria de consertar os "outros estragos". Tive medo, muito medo. Dei a volta no carro e fui para onde ele estava. Meu para-choque estava TÃO destruído que eu parecia ter dois para-choques sobrepostos. Detalhe: para disfarçar, eles colocaram uma espuma amarela no meio. O para-choque é prata.
Voltei a esbravejar e ele permaneceu impassível, arrodeando o meu carro e agora apontando para a lateral. O arranhão era tão grande e profundo que (literalmente) pude ver o mecanismo de trava da porta. Essa lição onírica de engenharia foi a única coisa que conseguiu me acalmar, apesar de brevemente. Aos poucos, os três mecânicos que estavam por ali voltaram a rir - primeiro abafado, depois em gargalhadas. Pedi indignado ao chefe que me mostrasse o filha responsável por aquilo. Chegou um cara todo metido, segurando uma faquinha de cerca de um palmo de comprimento (lâmina E cado) e balançado ela como se fosse uma baqueta de bateria. Ele se ria todo e seguia naquela ameaça velada, dizendo que não tinha feito nada e que já tava tudo igual quando ele chegou - ou melhor, quando eu levei o carro. Para piorar, ele começou adançar algo que parecia a chula, descendo de joelhos e fazendo malabarismos com aquela maldita faca. Enquanto eu me emputecia, o chefe entrou no coro das risadas e eu fiquei MALUCO, abrindo os olhos para essa realidade tosca.

Estou mais calmo, estou... Mas sei que há algo por trás desse pesadelo que não ouso dizer, algo que fica comigo e que me trará outros pesadelos em breve...

1 Comments:

At quinta-feira, agosto 10, 2006 5:44:00 PM, Blogger lu castilhos said...

olha, por estas que eu estou com minha carteira de motorista vencida desde fevereiro e comprar carro tá no final da minha lista de "coisas a se adquirir".
guri, não é que eu tô pegando a mania de listas hehe.
saudade :)

 

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