Quantas perguntas?

...são necessárias para se chegar a uma resposta?

24.4.07

Malcolm e as mulheres

"Women are just likes forests. Full of mysteries and wolves."

Tá, eu sei que já deveria ter superado a minha fase Malcolm, but's not easy. Bom humor, bons diálogos e algo mais sobre a vida, ainda que nem sempre dê pra pescar.

Tenho que ir pra aula!

21.4.07

To ficando fixado nesse troço

Life as Malcolm sees it:

Stevie - "Why don't you ask her out?"
Malcolm - "It would never work"
Stevie - "Why?"
Malcolm - "Because it would make me happy, and I'm destined to be the most miserable person in this world."

brotherhood

Malcolm - "Dewey, we need you to cry, but it must be the right kind of criyng. Not sopping, more of a weining sound with a penetrating quality"

Dewey (around 8 years old, making a serious face) - "Just give me a moment"

20.4.07

Jorge Castañeda - Elogio à Democracia

Vejamos...

O ex-ministro das Relações Exteriores do México Jorge Castañeda esteve em Porto Alegre na terça-feira para falar sobre o cenário político e econômico da América Latina. Uma verdadeira defesa da democracia. Sem dúvidas, a sua perspectiva era embasada na visão do seu país, que, por ver o Brasil e o restante da América do Sul com certo distanciamento (mais ideológico do que físico), podia apresentar esquemas de grande simplicidade e com validade plausível, ainda que não comprovável.

A primeira parte de sua apresentação foi uma aula de história, superficial, sobre a conquista da liberdade dos países da América Latina e da liberdade política tardia, marcada por experiências democráticas falhas e pontuada por ditaduras dispersas no meio do caminho. Os governos atuais, seguindo essa trajtórias, são carregados de defeitos institucionais (em grande parte por copiar modelos norte-americanos e europeus que não se aplicam aqui), que se somam a defeitos de aplicação (corrupção, burocracia etc) para resultar num mau funcionamento.

Apesar desses defeitos, Castañeda comemora os últimos anos de democracia pós-ditaduras. Para ele, houve uma fixação do papel das urnas em quase todos os países sul e centro-americanos, bem como no México. Elas se consolidaram como meio de solidificação dos governos (ainda que nem sempre sejam igualitárias, as urnas mantiveram o respaldo legal, com resultados consideravelmente apoiados pelos perdedores) e isso dificulta bastante o retorno de um regime totalitarista. Para ele, não se trata de querer ou não a democracia que temos agora; ela pode melhorar, mas é importante não trocá-la por um regime pior.

Claro, como ele ressaltou a democracia não é a melhor ferramenta para resolver os problemas de um país. "Ela não serve para resolver problemas, mas para que os cidadãos optem entre diferentes soluções", postulou.

Entre os defeitos do regime atual estariam a lentidão do crescimento econômico e a falta de Justiça em um Estado de direito, bem como a manutenção dos níveis de desigualdade social (aspectos que se estenderiam a toda a América Latina). Entretanto, motivados por esses três fatores, quase todos os países do grupo começaram a optar por governos de esquerda a partir do fim da década e 90 e início do novo milênio. Esse reflexo da "inquietante desigualdade social" é conseqüência direta do número de insatisfeitos com os governos anteriores, que para se manterem terão de agradar um número cada vez maior de sujeitos.

Entre as esquerdas que tem assumido o poder, Castañeda fez ainda uma distinção: a velha esquerda, baseada nos moldes da União Soviética (desaparecida), China (vendida) e Cuba (para quem ninguém mais dá ouvidos), desapareceu por completo. Sobram dois ramos novos. A Nova Esquerda (reformada) de um lado, da qual faria parte o grupo de Lula e Tabaré Vazquéz (Uruguai), antigos ativistas de esquerda reformados pela idade e sabedoria (?). E a Esquerda Popuista, de Chávez e Kirchner, que descenderia mais do populismo do que de uma esquerda qualquer (filhos do Getúlio, quiça?).

Nova Esquerda: evoluiram das falhas dos regimes antigos e não cantam suas vitórias (talvez em época de eleição); Esquerdas Populistas: não dão a mínima para os antigos regimes de esquerda (no máximo acham eles "legais") e cantam vitórias que seguido não são suas.

Era isso!

jornada

Nem sei por quê, estava a caminho de casa quando pensei na palavra "quest", que em inglês quer dizer busca, jornada. Sempre tive problemas em lidar coma tradução dela, pois os sinônimos são um pouco distorcidos. No original, quest tem um significado mais grandioso, de uma busca por algo importante, como na "busca pelo Santo Gral", ou "jornada para a glória". Minha tradução não está perfeita, mas esso não é o ponto; o que me surpreendeu foi a facilidade que tive para aceitar o termo em um conceito mais amplo, adaptando tanto os termos "jornada" e "busca" para satisfazer a minha vontade de significado.

Bem, se tu teve paciência de ler até aqui (e sei que não disse nada no último parágrafo), então vou oferecer alguma informação concisa. Passei a semana fazendo uma auto-lavagem-cerebral, programação neurolinguística ou seja lá qual for o nome disso. Depois que o sr. Bercht reclamou do meu blog ("se ficar pior afunda"), decidi esperar e não postar nada até ter algo de positivo. Deixei a tempestade passar enquanto ouvia Gary Jules e Elliott Smith, Suzanne Vega, Emiliana Torrini e Aimee Mann. E um pouco de Seu Jorge. Eles não são exatamente os cantores mais pilhados da praça, mas servem pra encher a minha bola - me mostram que o mundo pode ser belo pelo que é, que eu não sou o único a achar as coisas tristes como elas são e que é possível fazer algo a respeito (nem que seja cantar como um louco).

Verdade seja dita, estou com saudade de amar. Será que já escrevi isso antes? Meu coração treme com facilidade por coisas bobas e se inclina pelos mais estranhos sinais (que não tem muito de correspondentes). Por sorte fechei todas as entradas antes de iniciar a última rodada de reformas, e ninguém mais se aventurou em meio a essa estruturas podres.

A jornada, bem... Ela já começou, não? Não há nada para fazer a respeito. Eu sei que tenho de abandonar algo (provavelmente metafórico: um valor, um mal hábito, um sentimento ruim?) para poder seguir com a minha vida, mas não consigo deixar nada para trás. Não que eu não pudesse viver desse jeito - é só que eu não seria feliz. Por hora, continuo guardando conhecimento feito um louco e vivendo cada dia meio de sopetão, como se me saltasse diante dos olhos por milagre. Quando olho pra dentro de mim em busca de uma resposta, vej apenas uma mensagem breve: "One way ticket to hell. Quick stop on Earth. Have a nice trip."

17.4.07

noite

Não quero escrever. Fiquei pensando no que deveria fazer desse próximo post e me encontrei sem idéias. Estou com sono, e o único consolo que tenho no computador é não pensar. Não sei até que ponto isso é vantajoso, mas sei que o distanciamento proporcionado por este estado (uma espécie de Ataraxia) pode ser a minha chance de mudar de rumo. As horas passam e e a noite se aproxima do fim - mas meu estado de espírito se conseva imutável (mais chato e sem senso de humor do que nunca).

13.4.07

A loteria da Babilônia

Texto de Borges que, se bem me lembro, li faz uns dois anos. Acho até que já fiz um post a respeito, mais no começo do blog. É uma metáfora para a vida, uma utopia e ao mesmo tempo um pesadelo. Mas, não raro, quando fico chocado com as grosserias da realidade ou com a minha própria passividade, penso na relação entre o universo e esse gigantesco sorteio diário, em que os jogadores ganham e perdem incessantemente.

E a única regra que consigo perceber é que aqueles que não jogam não vão a lugar nenhum...

11.4.07

And what if it's th'last?

Shall we waste all our chances of happiness?

What if we get to the end of this road and find ourselves alone, surounded only by shrouded shadows and innocuous shapes, emptied of meanings? What if we realize that we have never been understood, and that maybe we were just not able to express our feelings properly, or to find someone able to get us... That while those that we took as friends showed us love and respect, they never touched us deep enough, they never transpassed the boundries of their own indivuality, even less ours.

What if the need of company, laughts and bright lights served only to daze? If the marvels and pleasures and sins of this superficial role-play life would lose their illusory grasp, and we were finnaly faced with the quest that has troubled our nature for ages past? What if we had still a chance of finding something worth it? And we could just accept that there must be no doubt in this search?

Even thought it's not picture perfect, the flickering presentation of hope, misty and half cover by fears, is what we've got to keep going. Shall we give up? Shall we waste our chances of hapiness?

9.4.07

Um pouco de veneno em minhas veias

Não fui na aula, perdi uma cabine de cinema, não terminei de escrever um trabalho ao qual me propûs, fiquei atrasado nas minhas leituras e assisti horrores de televisão sem ganhar nada. Tem veneno nas minhas veias...

Sei que não há nada de errado em ter momentos de distração, e que são raras (talvez inexistentes) as pessoas determinados em tempo integral. Mas fiquei surpreso com esse momento de fraqueza - ou melhor, despropósito.

A nova faculdade está sendo proveitosa, mas não constante. Sinto que nem todos os professores me oferecem o mesmo, e que nem todas as leituras lá dentro valem a pena. Mas gosto do que eles estão tentando me ensinar.

Tive um grande momento na sexta-feira passada, em que revivi o prazer de estudar e aprender. O que tem me incomodado desde então é que eu deveria poder despertaqr isso por conta e tenho tremenda dificuldade. Um conhecido, que eu não via a algum tempo, brincou sobre a minha entrada na Psicologia: "Outra faculdade? Tu não acha que já era hora de crescer? "

Fiquei irritado e respondi: "Se crescer é parar de estudar, não muito obrigado". A conversa não terminou aí, mas a verdade é que ele tinha razão em um ponto: eu não preciso de faculdade para estudar. Eu preciso somente de um assunto, tempo e determinação.

Me sinto mal em relação a tudo isso porque sei que não consigo escolher esse assunto por conta e me dedicar a ele. Talvez me falte conhecimento (pouco provável), talvez me faltem (ou sobrem) critérios, porém a verdade é que não tenho uma foça motriz capaz de me levar a dar esse passo...

Vou pensar no assunto, mas agora tenho que ir pra Pampa.

Frase do dia:
"Don't worry son. Those are just lies I've told to the doctor to get prescription drugs..."

7.4.07

carinho

Chego em casa e te beijo na boca, num movimento rápido e sem paixão. Um beijo condicionado pelo hábito e transformado em rotina com o passar dos anos. Perguntas como foi o meu dia e eu te conto coisas bobas, detalhes e minúcias de uma vida sem importância. Devolvo o favor e acolho tua narrativa sem surpresas. Combinamos um cinema, marcamos um encontro com aquele teu casal de amigos e tentamos encontrar uma hora para fazer algo diferente, mas nenhum de nós parece ter uma boa idéia. Afinal, novidades são raras depois de todo esse tempo juntos.

Tomamos banho e nos trocamos em turnos, como que cegos para a nudez um do outro. Sento no vaso de porta aberta, e quando me ouves solta uma risada e pedes para que eu abra a janela depois. Na cama, lemos os dois em silêncio e não percebemos o roçar de coxas que outrora teria lançado ambos em um indescritível desejo mútuo.

Apago a luz de cabeceira e me viro para o teu lado, apenas para te desejar boa noite, mas me perco na contemplação das tuas rugas. A testa fransida, os óculos tortos na ponta do nariz e a boca inexpressiva me assustam. Penso no tempo que se passou e no quatno mudamos desde que nos conhecemos, e tudo isso me assusta. Me assusta porque me dou conta do quanto ainda te amo.

Passo a mão pela tua nuca num carinho que sequer percebes, e tenho de esperar para que termines uma frase antes de me voltar a face. Espero sorrindo. E então tomo tua boca com uma paixão que dormitava, choro lágrimas de alegria senil e sinto o gosto salgado se misturar aos nossos lábios num desses momentos de felicidade capazes de justificar toda uma existência - e, quem sabe, duas....

?

Quanto tempo da nossa vida deve ser usado para pensar? Existe um limite para a análise que se pode (ou deve) fazer sobre uma determinada vivência? Existe um limite para a informação que podemos receber e, conseqüentemente, analisar? A partir de que ponto devemos tomar cuidado para não nos perdermos em divagações e a partir de que ponto a falta de reflexão passa a se tornar perigosa? É possível perceber a diferença quando já não somos capazes de compreender e quando siplesmente nos cansamos de perguntar? É possível ser feliz sem se perguntar essas coisas, ou será a própria ignorância quem nos garante um sorriso besta?

3.4.07

Anatomia!

Prova amanhã de manhã! Se quiserem ler algo interessante, vejam o post anterior!