Quantas perguntas?

...são necessárias para se chegar a uma resposta?

27.9.06

Corrida pelas ruínas

Começo corrigindo uma falha do último post: Lu, naum te mandei recado pessoal porque todos os meus recados saum, de uma forma ou de outra, destinados a uma leitora taum assídua quanto tu! Atualmente, tu perde apenas para a minha dupla de progenitores, V&V. Fica tranquila que naum me esqueci de ti, nem da touca com pompom e cobertura para as orelhas...

Agora, só para me atualizar: amanha (28) vou para o Vale Sagrado, de onde pretendo chegar a MP com o menor custo possível. Pretendo passar por algumas cidades pequenas, com sorte duas ou três q nem estejam no mapa. Sei q isso vai me consumir quase todo o tempo que me resta, deixando apenas mais um ou dois dias em Cuzco antes do meu retorno a Lima e ao Brasil. Deixo este tempo pra comprar as toucas...

Ah, dois norte-americanos q conheci, os quais espero ter mencionado antriormente nesse blog, pois já naum tenho certeza devido à latência de posts, postaram uma foto minha com eles, cujo link disponibilizo abaixo. Naum tive tempo para ler com atençaum o blog deles, mas se escrevem taum bem como conversam, deve ser uma maravilha. O link da foto eh:

http://photos1.blogger.com/blogger/4774/3234/1600/leigh%20248.jpg

E o link do blog eh:

http://www.needlefrish.blogspot.com/

Hoje fiz o tur das ruínas ao redor de Cuzco, com interesse especial para Saksyhuaman e Pikillacta, q nem estava no meu guia. As coisas mais interessantes até agora, pra falar a verdade, naum estavam no meu guia! Bom, por hora era isso, acho que vou ficar sem escrever até voltar a Cuzco, mas se pechar com um cybercafé mando novas. As narrativas longas que esperava fazer sobre a viagem, confesso, foram feitas no papel, nem sempre taum longas qt eu gostaria, mas intimas e fluidas. depois, se tiver paciência e um TECLADO BRASILEIRO, digito algua parte mais interessante ou engraçada...

That's all folks!

26.9.06

Um montao de coisas...

Bem, meu último post foi no dia 18, pouco antes de eu conhecer uns israelenses e sarir com eles pra tomar um milkshake (eu bebo sim, mas nao pude deixar de tomar um milkshake). Conversamos sobre a política interna de Israel e sobre confortos que fazem falta nas viagens longas - eh que eles estavam viajado a quase 3 meses, e sentiam falta de tudo aquilo que pra mim ainda se pode dizer dispensável.

Dia 19 fui fazer um passeio de 2 dias pelas ilhas flutuantes de Uros (eu escreveria mais sobre elas, mas procurem no google pra me poupar o trabalho), Amantine e Trujillo. Grande dia 19, data do meu último banho quente... Aproveitei bem o passeio nas ilhas, e - breve intervalo: eu vou quebrar esse computador fdp e destruir todos os teclado desse cybercafé porque está IMPOSSÍVEL escrever direito -, como ia dizendo, dormi na casa de uma nativa, a 10 soles com 3 refeiçoes inclusas (o que dá uns 8 reais - barato, né?). Conheci uns norte-americanos gente fina, capazes de manter conversas cabeça e bem longe da ignorância que geralmente povoa as mentes dos EUA. No dia seguinte, fomos os tres de taxi para as ruinas de Syllustani (ACHO que se escreve assim). Fiz tudo correndo e naum tive um minuto para parar, pois em Trujillo me encontrei com os franceses q conheci em Nazca e combinamos que iriamos juntos, às 21h30, para Cuzco, de onde escrevo. Chegamos na madrugada do dia 21 (quinta, certo?) e depois de encontrar um hotel e passear pela cidade, tomamos a iniciativa de ir para Choquequirao (umas ruínas que certas pessoas compararm a M.P., pois sao uma cidade inteira que foi abandonada pelos incas na época da conquista espanhola).

Eu tinha perguntado o preço da caminhada (quatro dias e tres noites), mas o passeio completo naum por menos de 180 dólares. Resolvi procurar mais um pouco e encontrei uma sra q tinha agencia em Cachorra (nome engraçado, ná?), de onde as pessoas saem para chegar as ruínas. Ela me vendeu serviço por serviço, desmontando o passeio e retirando todos os supérfluos. No final, mesmo com os gastos menores que tivemos pelo caminho, saiu por cerca de 90 dólares. Voltei apenas na tarde de ontem, porém, e ainda naum tinha tido uma chance de sentar e escrever.

Naum vou entrar em detalhes sobre as caminhadas de até 20km por dia, a subida, descida e ressubida de uns mil metros, as tarântulas, o nascer do sol em meio às ruínas e a ausênia de banheiros. Usem sua imaginaçaum...

Só para explicar o comentário no início sobre o banho: no acampamento tomei chuveradas frias, e a água quente no hotel tb nau funciona... Mas continuo limpinho!

Aos comentários pessoais: Bernardo, naum fica deprimido que eu volto logo (a Ângela que falou...). Ítalo, valeu a leitura, qd eu voltar a gente comemora com cerveja e futebol. Fica sabendo que eu naum vi nenhum bicho parecido com a Jujuba, a naum ser umas peruanas esquisitas (Deus, como elas saum feias!). V&V, naum se preocupem q tah tudo ok, ve vou manter o contato na medida do possível. Fred, eu recebi um aviso de que tu postou comentários no Blog, soh naum consegui descobrir ONDE! Bom, era isso que ainda tenho passeios hoje pelo Umbigo do Mundo.

18.9.06

Chachani

Bem, fazem alguns dias que eu naum escrevo, ma com boas razoes. Naum consegui subir no Misti, pois a excursao que estava sendo organizada pra lá ia demorar mais um ou dois dias. Em compensaçao, me ofereceram outro vulcaum, que saia no dia seguinte com um casal de franceses (cuja idade, próxima aos 50 anos, serviu como forte encorajamento). O ponto eh que eles tinham vasta experiência em escaladas e em vulcoes, detalhe que soh me foi comunicado quando jah estava de partida para a montanha.

Ok, alguns números: Paguei "apenas" 55 dólares (façam as contas) para escalar esse vulcaum, sendo que o preço médio fica acima dos 80. A altura da fera era de 6.075 metros. Alguém aí já passou dos 6 mil? Ok, dos 5 mil e 500, quem sabe??? Eu até posso estar me gabando, mas eh que quase me matei pra chegar lá no topo, uma vez que o guia resolveu guardar as garrafas de oxigênio para eventuais "emergências". Pra quem já assistiu esses filmes de escalada, bom, lembrem que o ar era pra lá de rarefeito, dores de cabeça eram uma constante inevitável e tanto o sol quanto o frio destroçam os lábios (mas fiquem tranquilos, eles vaum estar bem quando eu voltar). Foi uma experiência nova, uma verdadeira conquista - saindo de um acampamento a 5.200 metros e subindo, a partir das 2h da manhan, 875 metros.

Tah, o caminho naum eh "difícil" (soh morream umas quatro pessoas desde que começaram a fazer o trajeto comercialmente), mas os que completam o trajeto saum minoria. No meu dia completarm quatro, desistiram quatro, e parece que dois naum conseguiram sair do acampamento (repito que todos aqueles sintomas de contra indicaçaum se sentiam desde lá). Em suma, valeu a pena... E o futebol "quase" semanal ajudou sim, Bernardo...

Estou em Puno e, por mais que queira escrever (mais), estou com pouca roupa para essa cidade em que, me disseram, a temperatura baixa a até 10 graus negativos a noite. Estou bem e amanhan vou até as ilhas flutuantes de Uros, para depois passar a noite em outras ilhas menos flutuantes mas igualmente curiosas... Conto mais logo!

14.9.06

Canyon del Colca

Fui ao Canyon, mas passei por alguns transtornos antes... Todo mundo me avisou que os onibus peruanos saum bagunçados e sempre chegam atrasados. Eu naum acreditei. E pior, descobri que estava fiz bem em duvidar. O onibus de Nazca a Arequia chegou meia hora mais cedo. Contudo, a propria agencia de turismo duvidava dessa peripecia e resolveu chegar depois. Fiquei UMA HORA esperando!!! E para piorar, descobri que havia pago cerca de 3 vezes o preço normal, 4 se eu soubesse pechinchar bem. Fiquei MALUCO! Fiz a primeira parte do tur até Chivay, liguei para a operadora de turismo e pedi meu dinheiro de volta, pra daí sair em busca de um hotel e de uma outra empresa para fazer o tur. Resolvido o problema, naum recuperei tudo, mas o suficiente para tirar um peso da minha consciencia. O Canyon era muito bonito, em especial devido aos jardins construídos pelos Incas e pelas culturas locais, que lá viveram entre 12 e 14 dc. Os jardins em questaum eram para a agricultura, claro, mas muito bem feitos e quase misticos, por assim dizer. E aum, eu naum tinha mascado folhas de coca além da conta. Outras passagens divertidas ficam na minha memória, mas naum tenho tanto tempo para dividí-las.Agora estou num cybercafe com duas alemas, copiando minhas primeiras 500 fotos num CD e dando notícias de que estou vivo. Mais em breve, naum se preocupem. Ah, e quanto ao Misti acho que vou fazer - mesmo sabendo que o ar de 5 mil metros eh bem rarfeito e eu tenho apenas o minimo prparo necessário para fazê-lo. Ok, era isso.

12.9.06

PS

É soh uma questao de tempo ate eu me deparar com alguns dias mais corridos e nao blogar nada - pelo menos assim o espero. Nao se assustem se desaparecer um pouco, e se quiserem me escrever algo me enviem um comentario pq nao estou lendo emails... Ah, e nao estou respondendo os comentarios por hora devido ao TEMPO.

fui

Nazca - Arequipa

Bueno, estou utilizando a internet no albergue de Nazca e vou ser rapido, pois só tenho meia hora (da qual 15 minutos foram gastos tentando lembrar a minha senha do blog...). Fiz o sobrevoo das linhas de Nazca pela manha, q foram tao interessantes quanto eu imaginei que seriam. Salgado o preco, mas valeu a pena. Em uma hora vou visitar o cemitério de Chauchila (que eu insito em chamar de 'Cemitério de Chinchila', sem intencao comica e por mero analfabetismo em Quechua). Fui também fazer uma breve visita aos aquedutos, mais engenhoso e mais simples do que eu imaginei. Se eu soubesse que dava pra tirar tanta água do subsolo de um deserto andino, teria ficado em duvida sobre fazer o passeio. Ah, tb fiquei desapontao pq proibiram os mergulhos no aqueduto (nao, nao eh porque estou sujo e queria economizar um banho... Eh porque eu realmente queria nadar em aquedutos de 12 metros de profundidade que foram construídos a quase 2 mil anos), por causa do risco de desmoronamento em caso de terrremoto e de alguem tentar "levar uma pedrinha" como recordaçao. Bom, do cemitério vou a uma regiao onde se fazem ceramicas e a um lugar onde trabalham artesaos em ouro, se eh q eu entendi direito.
Para explicar o titulo do post, ao retornar desse passeio tenho de voar ate a rodoviaria para pegar o bus das 19h ate Arequipa. Se chegar a tempo (em Arequipa, pois os buses peruanos tem uma tendencia natural ao atraso) faço o tur do Cañon del Colca no mesmo dia (dois dias, para ser mais exato). Bem, era isso. Em Arequipa, vou tentar escalar o Misti (um belo de um volcao...). Estou tranquilo mas ainda nao consegui gastar tao pouco quanto gostaria: me desejem sorte, senao vou passar os proximos dias em fartura e os 15 seguintes mendigando pelas ruas de Cuzco... Abraços a todos!

10.9.06

Nazca

Passagem comprada, amanha vou para Nazca. Pela manha, acho que vou ate um mirador da cidade, mas eh tudo... Hoje estive no centro e nao tem muitas razoes para eu voltar la. Quer dizer, so se eu quiser comprar lembrancinhas baratas...

Bem , vou tentar achar companhia para me divertir por aqui... Ou isso ou me preparo para acordar cedo amanha. Ah, e queria aproveitar para elogiar a presenca dos meus leitores mais rapidos (e tal vez preocupados): meus pais. Sim, dona Vera e seu Valdeni parece que vao aparecer por aqui agora! Valeu pro'ceis! Era isso que el tiempo, este dragon, urge.

My tur de ayer

Cheguei em Lima às 22h de ontem, animado em dar início à minha viagem... Ok, um dos vôos atrasou uma hora e meia, o outro teve um problema na porta e nao foi possivel desembarcar ate quase 23h, mas isso nao me tirou o bom humor. (Ja aviso que abandonei os acentos nesse exato minuto porque o teclado limeño me tortura!). Bem, a sorte é que no final do segundo voo comecei a conversar com uma pareja que estava sentada do meu lado: Victor y Katty Murga, casados a quatro anos e comemorando o aniversario da data. Me deram várias dicas de passeios e me mostraram mais fotos do que minha paciencia permitiria, nao fosse a cituacao extremamente propicia em que nos encontravamos os tres. Foram tao amaveis que me deram carona ate o albergue - uma historia longa e cheia de curvas, mais ou menos como o tur que fizemos pelos arredores de lima antes de chegar aqui. Em suma, me mostraram todos, ou pelo menos quase todos os pontos menos turisticos que fazem a cabeca dos limeños (inclusive casas noturnas e tal). Cheguei no albergue às 02h30, voltei a sair e fui dormir às 04h. Impossivel negar, dei muita sorte. Ambos eram extremamente amáveis, estavam de muito bom humor e eram tipicos cidadaos dessa metrópole sulamericana. Depois conto mais...

Problema 1 e 2: 1) Meu hostal era mais caro do que a intenet dizia; ainda to de cara, mas fazer o que? 2)O caminho Inca, que todos os guias e sites ofciais dizem que precisa ser organizado com um mes de antecedencia, precisava DE DOIS MESES DE ANTECEDENCIA!!!!!!! Moral da historia, vou procurar um trekking alternativo e era isso... Mas Macchu Pichu, me aguarde!!!!

Salut Victor y Katty Murga (no se si lo escribo corectamente...)!

Me gustaria de mas una vez agradecerlos por el tur de ayer y dejir que estaba muy divertido! Estuve animado todo el tiempo y no fuera el sono me terian visto mas ajitado en el final. Estuve hoy en las agencias de turismo que me indicaran, pero los paquetes salen un poco de lo que intento gastar. Mañana me voy a Nazca y hoy voy a visitar la plaza Mayor (y todo lo que hay cercano). Quando tuvier tiempo y un computador que funcione vos envio las fotos. Mas una vez, ustedes fueran por demasiado aimables y estoy muy grato por la recepcion callorosa que ahora voy guardar como recuerdo del pueblo Peruano (o pelo menos de los limeños que trabajan con seguros...). Ele camino Inca, tristemente, no lo voy a poder hacer... Ya estou trabajando para encontrar un trekking altrnativo, y espero que no me falga tan caro. Bueno, me despido que hay otras personas queriendo utilizar la máquina... Tchao!

Álvaro Lima

3.9.06

Título, título... Precisa de título?

tum... tum... tum...

Por algum motivo me lembrei hoje dos meus amores de criança. Sei o motivo, mas também sei que não vem ao caso. O que me deu vontade de escrever foi o jeito como esses sentimentos antigos e parcialmente apagados fizeram meu coração bater após tanto tempo - devagar e com força, quase sufocando...

Aprendi ao longo dos anos a só chamar de amor um sentimento específico, pra não dizer mais forte ou mais completo. Aprendi a valorizar paixões e paixonites de um jeito diferente, a não confundir nem misturar os muitos tipos de afeto. Fiz isso para respeitar um ideal de carinho que eu tinha, algo que me dava vontade de seguir em frente, buscando e buscando e buscando. Segui esse caminho por alguns anos, abandonando a chance de perseguir sorrisos fugases ou viver a batida groove de certos romances incertos. Mesma batida que me pegou hoje, não fosse o drawback das lembranças e minha natureza excessivamente romântica e melancólica.

Andei o dia inteiro em círculos sem entender porque. Ri por hábito, pra não esquecer que sou feliz. Fiquei nervoso sem motivo, por causa desse invisível que me encerra e ao qual não sei como designar. Quem sabe "eu" seja uma boa definição?

Uma voz dentro de mim me diz: "Deixa disso Álvaro, vai dormir que nem tu sabe o que tu tem pra dizer agora. Provavelmente, tu não tem nada mesmo". Pra piorar, acabei de passar duas horas teclando no MSN e até perdi o fio da meada. Por pura obstinação, porém, vou concluir.

Com o advento da psicanálise o homem conseguiu a comprovação de que não era um só, de que sua unidade era repartida. E para que isso serviu? Para que ele tentasse fortalecer-se com base nesse mesmo ideal consciente (e incompleto) de sua refundada essência. Sou dessas pessoas que nunca ficou satisfeita com a idéia convencional de felicidade, mas que se depara com uma vida áuto-determinante. Não digo que enfrentamos clausuras (creio, inclusive, que estamos entre as gerações mais livres que já existiram até hoje): simplesmente enxergo minha própria noção de felicidade, idiossincrática, como algo inviável em meio à sociedade atual, e sinto que seria inútil e desnecessário ir atrás dela com tantos placebos a disposição. E os placebos não dão dor de barriga...

O ponto é: limitar os próprios sentimentos, ainda que de maneira sutil e supostamente saudável, é fugir do que somos e do que nos faria feliz. Fugimos tanto que as vezes alcançamos algo que queriamos e nos damos conta: "Não era isso!". Essa idéia é batida, sei, mas e daí? A verdade não precisa ser nova, não precisa ser um segredo, muito menos uma pergunta. Ela é uma afirmação que estava escrita (e inscrita) ao nosso redor desde o início, em uma língua que não sabiamos ler.

Acho que acabei de ir contra o próprio princípio desse blog! Droga, amanhã releio isso e pôsto algo pra remendar as lacunas. Saudações a todos.

1.9.06

Porra Batimã!

Escrevi uma breve ficção em duas sentadas: moral da história, ela desceu lá para o dia 16 de agosto (data da primeira sentada). O post é novo, apesar de deslocado, e se alguém quiser ler agradeço comentários. Mesmo os negativos!